quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Um mundo num quadro...


JOAQUIM COELHO

Da Saudade ao Remorso

“Ela, com o avental nos olhos, e ele de cabeça inclinada com os olhos grandes e marejados, fixos no nada.
Logo ali, esmagados pelo seu calçado rústico e como que numa canção de despedida, ouve-se o ranger dos dentes de gelo, implantados sob o saibro solto do caminho e formados pelas lágrimas desse esguio terrão natal, tantas vezes passeado com inocência e alegria!...
Quando já só era vulto, nem um aceno!…
Ia entrar num desfiladeiro escuro, bordejado por rebos medonhos que refletiam a silhueta na claridade do firmamento e…”

“Através das forquilhas da velha árvore, a árvore das traquinices, que tão belas recordações lhe trazia viu o que não queria ver.
A respiração parou, o colorido dos campos transformou-se em cinza chumbo e a sua mente ficou opaca. Avançou sem andar e pelas faces, como contas de um rosário, deslizou um líquido sem fórmula, transformado em pequenos dilúvios, embriagando as pedras musguentas que o viram nascer e…”

Joe Dassin - Le Portugais (1971)

Joe Dassin - A toi

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

À Toi, Joe Dassin

A la façon que tu as d'être belle
A la façon que tu as d'être à moi
A tes mots tendres un peu artificiels
Quelquefois
A toi
A la petite fille que tu étais
A celle que tu es encore souvent
A ton passé, à tes regrets
A tes anciens princes charmants
A la vie, à l'amour
A nos nuits, à nos jours
A l'éternel retour de la chance
A l'enfant qui viendra
Qui nous ressemblera
Qui sera à la fois toi et moi
A moi
A la folie dont tu es la raison
A mes colères sans savoir pourquoi
A mes silences et à mes trahisons
Quelquefois
A moi
Au temps que j'ai passé à te chercher
Aux qualités dont tu te moques bien
Aux défauts que je t'ai caché
A mes idées de baladin
A la vie, à l'amour
A nos nuits, à nos jours
A l'éternel retour de la chance
A l'enfant qui viendra
Qui nous ressemblera
Qui sera à la fois toi et moi
A nous
Aux souvenirs que nous allons nous faire
A l'avenir et au présent surtout
A la santé de cette vieille terre
Qui s'en fout
A nous
A nos espoirs et à nos illusions
A notre prochain premier rendez-vous
A la santé de ces milliers d'amoureux
Qui sont comme nous
A la vie, à l'amour
A nos nuits, à nos jours
A l'éternel retour de la chance
A l'enfant qui viendra
Qui nous ressemblera
Qui sera à la fois toi et moi

joe dasin (lista de reprodução)

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Amadeu de Souza-Cardoso - 125 anos




Amadeo de Souza-Cardoso (Manhufe, freguesia de Mancelos, Amarante, 14 de Novembro de 1887 – Espinho, 25 de Outubro de 1918)

Amadeo de Souza Cardoso partiu para Paris em 1906. Tinha 19 anos e pretendia continuar os estudos de arquitectura que iniciara em Lisboa. A efervescência do meio artistico parisiense afectou radicalmente o seu destino, abrindo-lhe o caminho da pintura. Em 1907, entusiasmado com os desenhos que recebia de Paris, o escritor Manuel Laranjeira reconhecia já o seu jovem amigo como “um artista no significado absoluto do termo”.

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Françoise Hardy - Le temps de l'amour (1964) - Venham à aula de francês!!!

Valsinha (poema)

Um dia ele chegou tão diferente 
Do seu jeito de sempre chegar
Olhou-a dum jeito muito mais quente 
Do que sempre costumava olhar
E não maldisse a vida tanto quanto 
Era seu jeito de sempre falar
E nem deixou-a só num canto, 
Pra seu grande espanto convidou-a pra rodar

Então ela se fez bonita como há muito tempo não queria ousar
Com seu vestido decotado cheirando a guardado de tanto esperar
Depois os dois deram-se os braços como 
há muito tempo não se usava dar
E cheios de ternura e graça foram para a praça
E começaram a se abraçar

E ali dançaram tanta dança que a vizinhança toda despertou
E foi tanta felicidade que toda a cidade se iluminou
E foram tantos beijos loucos
Tantos gritos roucos como não se ouvia mais
Que o mundo compreendeu
E o dia amanheceu
Em paz


A Valsinha

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

A Galeria Real, local de embarque e desembarque do rei e da sua comitiva para o Palácio da Ribeira. À direita vê-se o Torreão poente do Terreiro do Paço e à esquerda uma parte do edifício da Ópera do Tejo. Entre as duas construções, sobressai a Torre Canevari ou Torre do Relógio

Ler mais: http://expresso.sapo.pt/visite-lisboa-antes-do-terramoto-de-1755=f763402#ixzz2AyUsCCRh