segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

A DOURO NO PROGRAMA CAMINHOS DA HISTÓRIA



Hoje, estivemos nos estúdios da Porto Canal no programa de Joel Cleto sobre o Coliseu do Porto. Ao centro está o professor ladeado pelos participantes no programa, alguns de nós, o músico Pedro Abrunhosa e o arquitecto João Rapagão.  Uma experiência interessantíssima !

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Clube de leitores: Poema à noitinha... valter hugo mãe

brincávamos a cair nos braços um do outro

«brincávamos a cair nos
braços um do outro, como faziam
as actrizes nos filmes com o marlon
brando, e depois suspirávamos e ríamos
sem saber que habituávamos o coração à
dor. queríamos o amor um pelo outro
sem hesitações, como se a desgraça nos
servisse bem e, a ver filmes, achávamos que
o peito era todo em movimento e não
sabíamos que a vida podia parar um
dia. eu ainda te disse que me doíam os
braços e que, mesmo sendo o rapaz, o
cansaço chegava e instalava-se no meu
poço de medo. tu rias e caías uma e outra
vez à espera de acreditares apenas no que
fosse mais imediato, quando os filmes acabavam,
quando percebíamos que o mundo era
feito de distância e tanto tempo vazio, tu
ficavas muito feminina e abandonada e eu
sofria mais ainda com isso. estavas tão
diferente de mim como se já tivesses
partido e eu fosse apenas um local esquecido
sem significado maior no teu caminho. tu
dizias que se morrêssemos juntos
entraríamos juntos no paraíso e querias
culpar-me por ser triste de outro modo, um
modo mais perene, lento, covarde. Eu
amava-te e julgava bem que amar era
afeiçoar o corpo ao perigo. caía eu
nos teus braços, fazias um
bigode no teu rosto como se fosses o
marlon brando. eu, que te descobria como se
descobrem fantasias no inferno, não
queria ser beijado pelo marlon brando e
entrava numa combustão modesta que, às
batidas do meu coração, iluminava o meu
rosto como lâmpada falhando

a minha mãe dizia-me, valter tem cuidado, não
brinques assim, vais partir uma perna, vais
partir a cabeça, vais partir o
coração. e estava certa, foi tudo verdade»

*valter hugo mãe, in 'contabilidade' (Edição Alfaguara).

domingo, 2 de dezembro de 2012

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Um mundo num quadro...


JOAQUIM COELHO

Da Saudade ao Remorso

“Ela, com o avental nos olhos, e ele de cabeça inclinada com os olhos grandes e marejados, fixos no nada.
Logo ali, esmagados pelo seu calçado rústico e como que numa canção de despedida, ouve-se o ranger dos dentes de gelo, implantados sob o saibro solto do caminho e formados pelas lágrimas desse esguio terrão natal, tantas vezes passeado com inocência e alegria!...
Quando já só era vulto, nem um aceno!…
Ia entrar num desfiladeiro escuro, bordejado por rebos medonhos que refletiam a silhueta na claridade do firmamento e…”

“Através das forquilhas da velha árvore, a árvore das traquinices, que tão belas recordações lhe trazia viu o que não queria ver.
A respiração parou, o colorido dos campos transformou-se em cinza chumbo e a sua mente ficou opaca. Avançou sem andar e pelas faces, como contas de um rosário, deslizou um líquido sem fórmula, transformado em pequenos dilúvios, embriagando as pedras musguentas que o viram nascer e…”

Joe Dassin - Le Portugais (1971)

Joe Dassin - A toi

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

À Toi, Joe Dassin

A la façon que tu as d'être belle
A la façon que tu as d'être à moi
A tes mots tendres un peu artificiels
Quelquefois
A toi
A la petite fille que tu étais
A celle que tu es encore souvent
A ton passé, à tes regrets
A tes anciens princes charmants
A la vie, à l'amour
A nos nuits, à nos jours
A l'éternel retour de la chance
A l'enfant qui viendra
Qui nous ressemblera
Qui sera à la fois toi et moi
A moi
A la folie dont tu es la raison
A mes colères sans savoir pourquoi
A mes silences et à mes trahisons
Quelquefois
A moi
Au temps que j'ai passé à te chercher
Aux qualités dont tu te moques bien
Aux défauts que je t'ai caché
A mes idées de baladin
A la vie, à l'amour
A nos nuits, à nos jours
A l'éternel retour de la chance
A l'enfant qui viendra
Qui nous ressemblera
Qui sera à la fois toi et moi
A nous
Aux souvenirs que nous allons nous faire
A l'avenir et au présent surtout
A la santé de cette vieille terre
Qui s'en fout
A nous
A nos espoirs et à nos illusions
A notre prochain premier rendez-vous
A la santé de ces milliers d'amoureux
Qui sont comme nous
A la vie, à l'amour
A nos nuits, à nos jours
A l'éternel retour de la chance
A l'enfant qui viendra
Qui nous ressemblera
Qui sera à la fois toi et moi

joe dasin (lista de reprodução)

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Amadeu de Souza-Cardoso - 125 anos




Amadeo de Souza-Cardoso (Manhufe, freguesia de Mancelos, Amarante, 14 de Novembro de 1887 – Espinho, 25 de Outubro de 1918)

Amadeo de Souza Cardoso partiu para Paris em 1906. Tinha 19 anos e pretendia continuar os estudos de arquitectura que iniciara em Lisboa. A efervescência do meio artistico parisiense afectou radicalmente o seu destino, abrindo-lhe o caminho da pintura. Em 1907, entusiasmado com os desenhos que recebia de Paris, o escritor Manuel Laranjeira reconhecia já o seu jovem amigo como “um artista no significado absoluto do termo”.

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Françoise Hardy - Le temps de l'amour (1964) - Venham à aula de francês!!!

Valsinha (poema)

Um dia ele chegou tão diferente 
Do seu jeito de sempre chegar
Olhou-a dum jeito muito mais quente 
Do que sempre costumava olhar
E não maldisse a vida tanto quanto 
Era seu jeito de sempre falar
E nem deixou-a só num canto, 
Pra seu grande espanto convidou-a pra rodar

Então ela se fez bonita como há muito tempo não queria ousar
Com seu vestido decotado cheirando a guardado de tanto esperar
Depois os dois deram-se os braços como 
há muito tempo não se usava dar
E cheios de ternura e graça foram para a praça
E começaram a se abraçar

E ali dançaram tanta dança que a vizinhança toda despertou
E foi tanta felicidade que toda a cidade se iluminou
E foram tantos beijos loucos
Tantos gritos roucos como não se ouvia mais
Que o mundo compreendeu
E o dia amanheceu
Em paz


A Valsinha

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

A Galeria Real, local de embarque e desembarque do rei e da sua comitiva para o Palácio da Ribeira. À direita vê-se o Torreão poente do Terreiro do Paço e à esquerda uma parte do edifício da Ópera do Tejo. Entre as duas construções, sobressai a Torre Canevari ou Torre do Relógio

Ler mais: http://expresso.sapo.pt/visite-lisboa-antes-do-terramoto-de-1755=f763402#ixzz2AyUsCCRh

sábado, 27 de outubro de 2012

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Amor como em Casa  

Regresso devagar ao teu
sorriso como quem volta a casa. Faço de conta que
não é nada comigo. Distraído percorro
o caminho familiar da saudade,
pequeninas coisas me prendem,
uma tarde num café, um livro. Devagar
te amo e às vezes depressa,
meu amor, e às vezes faço coisas que não devo,
regresso devagar a tua casa,
compro um livro, entro no
amor como em casa.

Manuel António Pina, in "Ainda não é o Fim nem o Princípio do Mundo. Calma é Apenas um Pouco Tarde"


terça-feira, 16 de outubro de 2012

Nos 200 anos da independência do Brasil, uma evocação


E agora, José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José?
e agora, Você?

Você que é sem nome,
que zomba dos outros,
Você que faz versos,
que ama, protesta?
e agora, José?

Está sem mulher,
está sem discurso,
está sem carinho,
já não pode beber,
já não pode fumar,
cuspir já não pode,

a noite esfriou,
o dia não veio,
o bonde não veio,
o riso não veio,
não veio a utopia

e tudo acabou
e tudo fugiu
e tudo mofou,
e agora, José?

E agora, José?
sua doce palavra,
seu instante de febre,
sua gula e jejum,
sua biblioteca,
sua lavra de ouro,

seu terno de vidro,
sua incoerência,
seu ódio, - e agora?

Com a chave na mão
quer abrir a porta,
não existe porta;

quer morrer no mar,
mas o mar secou;
quer ir para Minas,
Minas não há mais.

José, e agora?

Se você gritasse,
se você gemesse,
se você tocasse,
a valsa vienense,
se você dormisse,
se você cansasse,
se você morresse....

Mas você não morre,
você é duro, José!

Sozinho no escuro
qual bicho-do-mato,
sem teogonia,
sem parede nua
para se encostar,
sem cavalo preto
que fuja do galope,
você marcha, José!

José, para onde?

Carlos Drummond de Andrade

Nos 100 anos da independência do Brasil


Quadrilha - Carlos Drummond de Andrade

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Gianni Morandi - Se Non Avessi Piu Te




Buongiorno, cominciamo!

Aulas de italiano, começaram hoje!

domingo, 30 de setembro de 2012

Dia 1 de outubro, todos à escolinha!!





Terça-feira, dia 2, pelas 16h, sessão abertura do ano.
Temos ideias, temos propostas, temos trabalhos e muito, muito boa disposição!
Como as tristezas não pagam dívidas...

A Direcção

Fernando Pessoa desembarca en Barcelona

Fernando Pessoa desembarca en Barcelona

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Bruxelas quer desenvolver crescimento e emprego no sector cultural

Bruxelas quer desenvolver crescimento e emprego no sector cultural: os sectores culturais e criativos representam entre 3,3% e 4,5% do Produto Interno Bruto da União Europeia

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

workshop com Luísa Rodrigues


VIEIRA DA SILVA

908: Nasce em Lisboa. - 1911: Morre seu pai. Instala-se com sua mãe na casa do avô materno - 1919: Recebe lições de música, pintura e desenho. - 1924: Estuda escultura na Escola de Belas Artes de Lisboa. - 1928: Vai com sua mãe para Paris. Frequenta a Academia La Grand Chaumière e o atelier de Bourdelle. Visita Itália. - 1930: Casa com o pintor Arpad Szenes. Conhece a Hungria e a Transilvânia. - 1933: Primeira Exposição individual, em Paris. - 1934: Adoece com icterícia. -1940: O Estado português recusa-lhe a nacionalidade. Parte com o marido para o Brasil. - 1942/46: Participa em várias exposições no Brasil. - 1947: Regressa a Paris. - 1956: Recebe a nacionalidade francesa. - 1960: Recebe o grau de Chevalier de L’Orde des Arts et des Lettres do estado francês. - 1964: Morre a mãe; realiza o seu primeiro vitral. -1975: Realiza dois projectos de cartazes alusivos ao 25 de Abril. - 1985: Morre Arpard Szenes. - 1988: Inauguração da estação do Metro da Cidade Universitária (Lisboa), decoração por si concebida. - 1990: Criação da Fundação Vieira da Silva-Arpad Szenes. -1991: Recebe o Officer de la Légion d’Honneur. - 1992: Morre em Paris.

João Domingos Bomtempo - Sinfonia Nº 2 (Minueto - Allegro)

Sessão de Homenagem a João Domingos Bomtempo

Sessão de Homenagem a João Domingos Bomtempo: na Assembleia da República, em Lisboa

segunda-feira, 17 de setembro de 2012


E PARA COMEÇAR OS TRABALHOS

CINEMA
http://www.facebook.com/OsFilmesdaZonaIndie

ABRIMOS HOJE OS SERVIÇOS DE SECRETARIA!

Bem vindos!
A nossa "rentrée" está aí... Em Setembro já haverá novidades, iniciativas, encontros...
Visitem-nos.


domingo, 16 de setembro de 2012

Santo Isidoro de Sevilha

Nasceu em Sevilha, em 560. Santo Isidoro era irmão de São Leandro, de São Fulgêncio e de Santa Florentina. Foi educado pelo seu irmão São Leandro, bispo de Sevilha. No ano de 600, sucedeu-o no governo da diocese. Em 619, reuniu e presidiu o II Sínodo Sevilhano e, em 633 presidiu o IV Concílio de Toledo. Bispo influente e popular, foi considerado um dos homens mais activos e empenhados com os problemas do seu tempo. Organizou a vida na Igreja; criou seminários e zelou pela formação dos futuros sacerdotes. Unificou a liturgia e regulamentou a vida monástica. O seu grande mérito consistiu em salvar a cultura antiga. Era chamado de doutor insigne do nosso século, novíssimo ornamento da Igreja Católica, o último no tempo, mas não na doutrina, o homem mais sábio dos últimos séculos, cujo nome deve ser pronunciado com reverência. É chamado também o último Padre da Igreja do Ocidente. A sua obra “Etimologias”, composta por 20 volumes, é uma síntese de todo o saber antigo e do seu tempo. Para além destas obras, escreveu também diversos tratados de moral e comentários.


sexta-feira, 7 de setembro de 2012

ERIK SATIE

Éric Alfred Leslie Satie, mais conhecido como Erik Satie (Honfleur, 17 de Maio de 1866Paris, 1 de Julho de 1925) foi um compositor e pianista francês.[1] Relevante no cenário de vanguarda parisiense do começo do século XX, foi o precursor de movimentos artísticos como minimalismo, música repetitiva e teatro do absurdo.
Tornou-se cult entre os jovens compositores, que eram atraídos pelos títulos bem-humorados de suas peças, e exerceu grande influência em seus amigos, os notáveis contemporâneos Debussy e Ravel, mudando assim o curso da história da música. Foi ainda inovador por ter criado o ragtime, estilo de pré-jazz, com as estruturas minimalistas que ele propôs.

The Colours of Autumn - Gymnopedie No.1

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Ora, cá estamos de regresso. A partir de 17 de Setembro, com o horário de secretaria e actividades previstas ainda para Setembro. Vamos preparar o nosso "fado" do estudante e a boa disposição.

Fado do Estudante

segunda-feira, 9 de julho de 2012